domingo, 21 de junho de 2015

A Garra Esquerda do Leviatã

Deserto Billings, privatizado pela fusão CUT/Monsanto desde 2020. 

Quando não é o braço direito armado do estado, que escrevo em minusculo para não o divinizar, que nos rende é o braço esquerdo do sindicato estatal que nos aperta. Quantos tentáculos, pinças e garras pode ter esse imenso monstro estatal?

Digo isso pensando na frase que ouvi durante essa greve do professor de História da rede pública que disse: "o atual sindicato não é pelego, ele é o estado." 


As greves estaduais dos professores ficaram isoladas, não porque isso fosse uma novidade, mas sim porque é parte da lógica do arcabouço jurídico pelo qual o sindicato esta calçado que o faz manter o continuísmo governamental e o retrocesso fascista. Ao contrário do que pensam os mais entusiastas amantes do Leviatã, o governo tem sim prioridade na educação pública.


Porém essa prioridade esta em seu sucateamento,  uma prioridade provada na constante  retirada de investimentos de dinheiro público neste setor com o objetivo de despolitizar as crianças mais pobres, mantendo a miséria e as desigualdades sociais, contribuindo com a falta de reflexões filosóficas, definindo o papel dos trabalhadores como servos menos conhecedores dos mecanismos de transformação e controle social que os cercam.


Dentro desse aparato imenso do estado esta o sindicato pelego, criado durante o governo Vargas por Oliveira Vianna na formação da legislação social e trabalhista brasileira o papel dele na divisão e enfraquecimento do trabalhador diante da organização anti-estatal se tornou muito mais frágil. O exemplo disso foi o massacre aos professores no Paraná, em Goiás e na cidade do Macapá a criminalização de professores em São Bernardo do Campo, a prisão de um professor na Assembleia Legislativa de São Paulo, os tiros contra professores no comando de greve na zona leste e a morte de professores grevistas em São Paulo não comoveu as demais classes de trabalhadores. Essas não mais conectadas com as lutas novas que estão se formando durante o desigual duelo pelo controle dos meios de produção de riqueza se concentram unicamente em suas necessidades particulares e não compreedem a necessidade de romper com o limite de sua lógica, que inclusive tem sido cada vez mais engolida por um caráter partidário ao invés de classe no contexto histórico, a partir das lutas de enfrentamentos e resistências.
Prova disso é que mesmo batendo o record de tempo de greve, não houve nenhum atendimento às pautas de reivindicações. Nessa greve registra significativo momento histórico e político, ao desmascarar as forças reacionárias do governo Dilma, da articulação do PSOL-PSTU e o PCO que repete a mesma ladainha de um possível golpe fascista de direita que pode vir com o impeachment.  Nada mais falso, apenas são o que sempre fora, satélites do PT e forças auxiliares mesmo em suas mais ferrenhas críticas, os oprimidos operários do partido vermelho sonham em se tornar opressores porque como nos disse Paulo Freire  não tiveram educação libertadora.


Mais do que libertadora, revindicamos uma educação libertária. Não só tememos que o projeto de lei Nº 4330 se estenda, mas que se ignore que a terceirização como diz o texto de justificativa dessa lei seja ignorada como uma realidade.


Enquanto PT e PSDB com suas práticas ditatoriais se colocar usando dinheiro público por desvio de empresas privadas por meio de qualquer "mensalão" ou "petrolão", não nos resta a saída para crise a não ser a velha e óbvia ação direta  nas escolas,  nas ruas, praças  e avenidas  contra  os governos e o sistema; sistema este que achaca o mundo do trabalho e os trabalhadores de todo o mundo com sua ideologia de liberalidade para com o capital e de completa exceção para com o povo, apoiado por sua grande mídia, sua máquina de guerra e seus abutres do sistema financeiro nacional e internacional.

Mesmo os ditos revolucionários irão trair nossas bandeiras negras, eles querem apenas um lugar ao sol para descansar em seus confortáveis cargos políticos e viver dos recursos estatais. Os socialistas de estado não ousam arriscar seus cargos para defender com vigor a luta dos trabalhadores, irão dizer que não aguentam mais lutar e que já sofreram o que deveriam.


Como se algum deus burguês se comovesse com suas lágrimas de martírio, como se as pautas de revindicação dos professores algum dia tivessem sido o norte da direção do sindicato que na verdade só tinha por objetivo tentar reforçar a polarização entre uma esquerda e uma direita que não tem nenhuma ideologia real. Nem o dito partido dos trabalhadores e nem falado social-democrata tem qualquer preocupação ideológica sequer com a social-democracia ou o trabalhismo. Seu foco é parasitar a Petrobrás, gerar créditos ilimitados até para a campanha de Marina Silva e fatiar o bolo do estado com seus amigos para que esse melhor escute sua real função: a de oprimir a classe trabalhadora.


O que estamos assistindo é um truque bem engendrado. Um estado que faz o povo tentar procurar olhar da esquerda para direita, enquanto ele nos esmaga de cima para baixo. Um movimento ditatorial vindo de todos partidos, completamente coniventes com nosso sofrimento e indiferente por achar meios para conseguir mudar.


Professores, estudantes e a sociedade ao enfrentarem os capangas do Sindicato e os partidos que vivem dele enfrentam a correia de transmissão do Estado, esse eterno terrorista.  E nossos punhos contra eles pedagogicamente educam de forma revolucionária numa nova direção à Conquista do Pão.

Lutar e resistir é preciso! É nisso que iremos ensinar que não esquecemos e não perdoamos... Esperem por nós!

domingo, 3 de maio de 2015

Professores do PR planejavam ir a protesto com camisa da CBF para não apanhar mas salário não deu

Professores Anonymous e Black Blocs lutaram para vestir uma única camisa do Brasil que apareceu.

Segundo um dos professores que lideraram a manifestação no Paraná, antes do protesto, todos foram aconselhados a se vestirem com camisetas da CBF para evitar agressões por parte da PM. Em São Paulo, por exemplo, pessoas vestidas com o uniforme oficial criado pela Nike para a seleção brasileira, que custa em média R$ 300, eram abraçados pelos PMs e ganhavam fotos de brinde.

“Infelizmente, a última vez que comprei alguma coisa de mais de R$ 300 foi uma prótese de platina para colocar no braço que um aluno me quebrou”, conta a professora Gertrudes Maria, que dá aulas na rede pública em Curitiba há 27 anos.

Durante o evento muitos Anonymous e Black Blocs lutaram para vestir uma única camisa que apareceu com o objetivo de se disfarçar e evitar o confronto.

sexta-feira, 1 de maio de 2015

No Brasil ensinar é Guerra ...







Em tempo de guerra, a primeira vítima é a verdade. Depois da pancadaria no Paraná, duas histórias chamaram a atenção pelo ineditismo, cada uma especial à sua maneira. A primeira envolveu o soldado Umberto Scandelari, de Curitiba.


Scandelari publicou uma foto dele mesmo nas redes sociais com as mãos e o rosto manchados do que parecia ser sangue, juntamente com a legenda: “Professor, conta outra…”

Viralizou. Um exame não muito detido na imagem, porém, levantava algumas dúvidas quanto à consistência dos ferimentos. Parecia canetinha hidrográfica.

A Polícia Militar paranaense admitiu que era tinta. O resultado de uma bomba usada “para marcar pessoas que estão envolvidas nos protestos”. Foi de mártir a pateta em minutos. Se bobear, ainda tinha uns escalpos no armário.

A outra crônica envolvia um grupo de policiais que teria resistido em participar do ataque aos grevistas. De acordo com o Broadcast, serviço da Agência Estado, que deu o “furo”, eram dezessete que “foram presos por se recusar a participar do cerco”. A informação seria do Comando da PM.

Mais tarde, os dezessete haviam se transformado em “pelo menos 50”. Um portal local assinalou que aquilo até pode ter sido um ato de desobediência, mas era também de coragem.

No entanto, a cena incrível não fora testemunhada por ninguém. Qual o nome de pelo menos um deles? Onde estão esses heróis?

Provavelmente, em lugar nenhum porque não existem. A PM e a Secretaria de Segurança Pública desmentiram. A OAB confirmou que nenhum policial foi detido.

É o triunfo do chamado wishful thinking. Entre aquelas centenas de homens, alguns poucos — nem tão poucos assim, dependendo da fonte do boato — tomaram uma atitude sobranceira e resolveram fazer a coisa certa e correr o risco. São homens, não ratos. Obedeceram sua consciência e conseguiram se insurgir contra o mal. Etc etc. Irresistível como ideia.

Tire o pônei da chuva. O pessoal cumpriu muito bem as ordens. O retrato fiel daquela PM é a do sujeito que se maquiou de cor de rosa para alegar que foi espancado depois de descer o porrete nos vagabundos — não o dos bravos insubordinados.

E vamos lembrar: o Estadão, que soltou a nota, é aquele jornal que publicou que golfinhos estavam sendo treinados na Ucrânia para desarmar minas carregando armas de fogo e que Jack Nicholson está com Alzheimer.

Simplificando em uma imagem a repressão aos professores de greve no Paraná, mas não só nessa greve, mas em todas as greves e protestos populares, a não serem, claro, aqueles de direita, "contra a corrupção", vestidos de CBF, com reivindicações esdrúxulas dos mais diversos tipos, bandeiras do Brasil e tirando selfies com os únicos de classe baixa que simpatizam, os policiais, mas a maioria nunca devem ter levado porrada sem motivo em uma greve ou protesto por mais justo e digno que seja, afinal, pra que esse tipo de pessoa faria greve?

Hoje é dia do trabalho! Quem é que realmente esta mudando esse país? Todos precisamos acordar e ver quem realmente é o inimigo... E trabalhar para extinguir da humanidade qualquer tipo de parasita e assim o mundo será um só...

quinta-feira, 19 de março de 2015

Dilma Contra-ataca.

Enquanto o povo sem bolsa-família bate panelas a presidente Dilma Rousseff age rápido... (Posso chama-la de presidente enquanto ela não esta olhando) e já anunciou a substituta para a vaga do ex-ministro Cid Gomes. Dilma disse que vai continuar a levar muito a sério o lema “Brasil, Pátria Educadora” e, por isso, Carla Perez é a pessoa mais indicada para o cargo. Um dos projetos dela também vai convidar Suzane von Richthofen para Secretaria dos Direitos Humanos e o ex-traficante Marcola para o ministério da Justiça. A presidente chegou a pensar em Luciana Gimenez para a Educação, mas ela só pensa em inglês.